quinta-feira, 15 de março de 2018

No Dia do Consumidor, Eu Chef dá exemplo de consumo consciente

O Dia Mundial do Consumidor surgiu em 1962, nos Estados Unidos, quando o então presidente norte-americano John F. Kennedy estabeleceu a data em 15 de março com o objetivo de colocar os direitos do consumidor em evidência. Em seu discurso, Kennedy destacou que todos aqueles que consomem produtos ou serviços têm direito a serem ouvidos, e também à segurança, à informação e à escolha.

Tudo isso deveria contribuir para a formação de um mercado de consumo mais  bem informado e consciente, não apenas sobre seus direitos, mas também deveres, o que, por sua vez, resultaria em uma relação mais sustentável tanto na hora de ir às compras quanto para a preservação do meio ambiente, a valorização de quem produz de forma justa e tem preocupações com o planeta.

Contudo, no Brasil, a data acabou sendo distorcida e usada pelo comércio para estimular o consumo. Com a avaliação de que a quarta-feira é um ótimo dia para promover uma espécie de “Black Friday” fora de época, desde 2014, o varejo passou a celebrar o Dia do Consumidor sempre no meio da semana do dia 15 de março. Ou seja, neste ano, a data é comemorada nesta quarta-feira (14/3), com ofertas em alguns segmentos.

Na contramão do consumismo, que leva pessoas a comprarem o que não precisam e, consequentemente, aumentar a geração de lixo, a Eu Chef adota várias ações baseadas no consumo consciente. Dedicado a facilitar a experiência de quem deseja ser o próprio chef, o empório gourmet na 408 Sul oferece produtos de primeira linha, nacionais e importados, pautados na sustentabilidade e na valorização dos pequenos produtores.


Esses foram os motivos pelos quais os proprietários e chefs da marca Kalene Morais e Jomar Antunes decidiram trabalhar com a Vom Fass Brasil - uma marca premium alemã de azeites, balsâmicos, bebidas finas e destilados. Todos os produtos da marca – representada exclusivamente pela Eu Chef na região Centro Oeste – são elaborados com insumos adquiridos de pequenos produtores de diferentes lugares do mundo. Além disso, os clientes podem degustá-los antes de levar para casa e escolher a quantidade que desejam, a partir de 50ml. Para completar, eles são acondicionados em vidros retornáveis, de tamanhos e formatos diversos. Para melhorar, o design dos frascos são modernos e decorativos.

Assim, o consumidor sai da loja com a garantia de que está levando algo que gosta e na quantidade adequada, evitando desperdício e garantindo produtos sempre fresquinhos. Os recipientes, por sua vez, podem ser usados para reabastecer com o mesmo produto, ou ainda para saborear um diferente.

Melhor para a saúde, o consumidor e o pequeno produtor

Na loja, o carro-chefe é o preparo de alimentos na técnica sous-vide. O método francês (sous-vide = sob vácuo) consiste em coccionar os produtos em embalagens próprias e seladas a vácuo, em temperaturas mais baixas, mas por um tempo prolongado.

A técnica preserva os nutrientes e a maciez dos alimentos e realça o sabor, as cores e a textura. Como tudo é previamente temperado, coccionado e porcionado, para depois ser refrigerado ou congelado, os consumidores saem ganhando em termos de praticidade e qualidade. O preço, por sua vez, é bem acessível. Dentre as opções estão carnes brancas e vermelhas, cereais, legumes e bases para sopas, risotos e sobremesas.

Na elaboração dessas receitas, outra característica marcante no conceito da Eu Chef é o incentivo ao pequeno produtor, já que todos os cereais e legumes são orgânicos e adquiridos de agricultores familiares. Além de valorizar esses trabalhadores, a marca ainda ajuda a evitar desperdício: “Quando os produtores realizam feiras e não vendem tudo, eles a trazem para nós, para que possamos fazer o preparo na técnica sous-vide, que conserva esses alimentos e prolonga a vida útil deles. Mas é preciso explicar que não pegamos restos ou produtos velhos ou passados. Nós apenas recebemos o excedente das feirinhas para evitar que esses alimentos se percam. Porém, é tudo sempre muito fresquinho”, explica o chef Jomar Antunes.

Índice de Consumo Consciente no Brasil

No Brasil, o último Indicador de Consumo Consciente (ICC), divulgado no segundo semestre do ano passado, atingiu 72,1%, permanecendo estável em relação a 2016, quando estava em 72,7%. O índice – com base numa pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) –
pode variar de 0% a 100%,  sendo que quanto mais próximo de 100% for, maior é o nível de consumo consciente, ou seja, sustentável e equilibrado.

Então, esse número deveria ser motivo de comemoração, a não ser pelo detalhe de que, segundo a mesma pesquisa, 
em uma escala de 1 a 10, enquanto os entrevistados dão nota média de 8,7 para a importância do tema consumo consciente, apenas 28% dos brasileiros podem sem considerados consumidores conscientes de fato, com percepções e práticas associadas.

Mas há uma sinalização positiva na compreensão sobre os benefícios do consumo consciente para além dos aspectos financeiros, como redução de custos ou fazer o dinheiro render mais. De acordo com o ICC 2017, 25% dos entrevistados consideraram como a principal vantagem da prática do consumo consciente a satisfação por fazer algo positivo para o futuro das próximas gerações, o que não era observado em edições anteriores da pesquisa.

Eu Chef
SCLS 408, Bloco D, Loja 11, Brasília - DF; (61) 3554-2636 ou (61) 3554-2637.
De segunda a sexta-feira, das 9h às 19h20. Sábado, das 9h às 17h.

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