quinta-feira, 3 de julho de 2014

Vinícolas gaúchas como a Miolo recebem turistas que querem conhecer os parreirais e o processo de produção

Experiência com pequenos agricultores oferece ao visitante a oportunidade de acompanhar o processo de fabricação do vinho, da colheita à degustação 

Pequenos proprietários rurais de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul, na Serra Gaúcha, aproveitaram a vocação da região para valorizar sua identidade cultural, gerar emprego e renda por meio do turismo. O roteiro Vale dos Vinhedos é um dos 23 que integram o projeto Talentos do Brasil Rural, que tem como objetivo incluir produtos e serviços da agricultura familiar no turismo brasileiro.

O roteiro começa na vinícola Miolo, abastecida por um grande número de pequenos agricultores. Lá o turista pode degustar o vinho, visitar os parreirais e ainda receber massagens com cremes feitos à base de uva ou espumante. Se a visita acontecer entre os meses de janeiro e março, os turistas são convidados a participar da Festa da Vindima da Villa Valduga - e podem colher a uva, esmagá-las com os pés e acompanhar todo o processo de fabricação do vinho.

A Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale) conta com 26 vinícolas associadas e 43 empreendimentos de apoio ao turismo, entre hotéis, pousadas, restaurantes, artesanatos, queijarias, ateliês de artesanato e antiguidades e outros. Para circular pelo roteiro é recomendado que se tenha um carro de passeio ou contrate o serviço de turismo receptivo local.

A região foi a primeira do país a receber os registros de Indicação de Procedência e Denominação de Origem de seus vinhos finos, conquistando o Selo de Controle nas bebidas elaboradas pelas vinícolas associadas. A tecnologia usada na região é compatível com as utilizadas em vinícolas europeias.
O Talentos do Brasil Rural reuniu cerca de 400 empreendimentos de 54 municípios brasileiros, por meio de uma parceria entre os ministérios do Turismo (MTur) e do Desenvolvimento Agrário (MDA), e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Os roteiros foram escolhidos por chamada pública, mapeados, apresentados ao mercado turístico, receberam consultoria especializada e apoio à comercialização. Um dos requisitos para escolha é que o roteiro seja acessível a, no máximo, três horas de uma das 12 capitais-sedes da Copa do Mundo, considerando meio terrestre ou aquaviário.

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